Hoje fui a Itália e vim
Hoje fui a Itália e vim, num piscar de olhos,
Fitei ruas fundamentadamente alegres.
Nos rios de Florença estava a beleza do renascimento!
Pairava no ar a magia de «Da Vinci» e do seu descobrimento,
Grandes invenções.. Genialidade única;
Há quem diga que deriva dos genes.
Diferente pronúncia, língua igual,
Faz-me recordar o vasto império,
E as ilhas? São um ermo ritual.
Oceano profundo, desconcertante hemisfério,
Isto que anda por aí.. Não é consensual!
Escrever poesia à moda italiana
Pergaminhos da cidade santa
Ressuscita a opereta - a mulher como canta!
Verossímil semblante defronte de mim,
Transforma o início em fim,
E despoja a vida quotidiana!
Já quase que chego a Veneza alegremente,
Viajo nos barcos conscientemente,
Até que, sem me justificar,
Parei o barco. O mar morrera,
E eu fiquei ali.. sem saber se havia de continuar!
Do nada contemplei uma bela luz, que ali aparecera,
Era o marinheiro com boas novas de César Augusto:
Afirmando, friamente, ser-se um homem justo!
Desmaio em náuseas bíblicas: Vaticano que me entenda!
São histórias, verdades, mitos e lendas!
Silenciam génios pelo corpo de Cristo, trocam em oferendas.
O vizinho trabalha nos estaleiros da capital,
Está-lhe gasta a magia afinal;
Tão belas - atrás de mim - aquelas vivendas!
Fui e voltei num ápice, de novo no meu Portugal,
Os outros são belos.. Mas comparado a este, nada é igual,
É belo demais. Na literatura finda o nosso calor,
Infelizmente nas cidades tão poucos lhe dão valor!
Espero pelo meu país e morro por amor
A escrita que cobre casas; dá-lhes outro tanto louvor.
Portugal é o nosso ideal!
Álvaro Machado - 15:29 - 04-04-2012
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