Ela, um azulejo de cristal!


Ela que parecia azulejo de cristal
Cheira ao verde do campo, ao amarelo da túlipa,
Defronte, na janela escura, via-a de avental,
Ó bela que padecias ruína da Alipa.

Vejo atrás de mim um riacho a escorrer,
A água transparente vai a correr,
Fazendo lembrar algo ou alguém
Se é o ninguém...

Fá-lo lembrar a velha vizinha que havia ali passado
Outras tanta vieram. Mas haviam fracassado
Como no tempo não existimos se não porque existimos,
E aquilo que o Destino nos havia traçado,
Se perdeu, se desvaneceu, e não reflectimos...
O porquê de desistirmos.

Fá-lo sentir o que não-sente,
E relembra o passado,
Que fora consequente,
D'um homem desassossegado!
Contudo, ei-lo diferente,
Contrariado na rima desta gente!

Álvaro Machado - 16:02 - 29-04-2012

Comentários

Mensagens populares deste blogue

todos no poema

Criação infindável

estrada do mundo