Nos altifalantes da cidade
Longa caminha nos altifalantes da cidade
Cada um puxa para seu lado, lado diferente,
O fel que uns tanto evitam em prol da felicidade,
Outros ressuscitam, de maneira inerente,
Desta gravura.. Desta anualidade.
Dicionários, alfândegas, mercados ao ar livre,
Negam o talento d'um jovem escritor!
Despedaçam o cultivo daquele agricultor,
Em troca aos trocadilhos baratos,
Descrevem-se em belos fatos!
Benevolência completa a inércia, afoga a chama,
Gritam-me alto: "Corre e busca a fama";
Inocência equivalente a pura irracionalidade!
Não me ensinem caminhos, ensinem antes,
Destinos novos e deslumbrantes!
Sim.. Isso é a verdadeira felicidade!
Vagueio por estar na plenitude, por estar a sonhar,
Na verdade sou eu.. Em horas vagas, a julgar,
Visão apurada, tacto fictício, audição surda,
Morre-me a fruta interior; e a gente está muda!
Estrelas alentam o futuro, nascentes estimulam,
Sentimentos que se afundam!
Vai-se na rua Alberto de Régio cheio de contradições,
E defronte de si estão almas pobres que criticam,
Os seus métodos, as suas crenças, as suas afeições,
Julgar e apontar? Quase que, se precipitam,
Como na bíblia, ensinam em sermões!
Sozinho contesto rimas falsas que se devaneiam,
Neste meu pensamento. E me estonteiam,
Bravuras, guerras, chefias governamentais,
Fico incrédulo! Com estes tais!
Em longos aventais,
Se influenciam!
Álvaro Machado - 23:06 - 02-04-2012
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