Quem eu sou?


A minha alma não tem dono,
Nem lugar e muito menos sentido.
Tem caminhos dispersos e ao abandono
E um frio, de vez em quando, pressentido.

Não tem horizonte que lhe alente de esperança,
Nem sol nem luar que se lhe venha a surgir.
É um todo sombrio que me tem vindo a possuir
Desde que deixei de ser criança…

Os sonhos, por vezes, são amálgamas
Que nem são vida nem são sonho;
Pertencem a um ser enfadonho
De dispersas almas…

É impenetrável, saudosa, sozinha
E para sempre será minha!


Álvaro Machado – 21:04 – 16-11-2013

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