Raio de consciência


Tive de rastos a consciência,
Perdida numa penumbra qualquer,
Vagueei quase até à morte, perdido,
Sem ninguém me conseguir ver.

Passei ao lado das ruas, dos passeios, de todas as coisas,
Mas ninguém estava lá, tudo havia partido,
E eu perguntara a mim mesmo para onde tinham ido
Aqueles que, agora, tinha perdido...

E entretanto, desloquei-me para aquela corrente do mar
Com a cabeça perdida, estava prestes a querer terminar...
Por uma última vez vi toda a força da natureza, voltei a suspirar,
E pensei para mim: não mereço aqui estar.

Não pertenço aqui; todos partiram.
Paris é só a desolada alma que me deram.
Onde estão todos, que não os hei-de fitar
Se sozinho é meu destino ficar...


Leonard Sagè - 22:46 - 25-10-2013

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