Um sino qualquer...


Saúda a morte, deixa o tempo a passar,
Que a cidade ainda está por acordar...
Bem alto, faz-te ouvir, faz-te sentir,
Como se a nossa hora esteja por vir...

As ruas que à noite me falam,
No deserto meu sentido de existir,
Nunca sabem por onde andam
As almas que ouso vestir...

E tudo na vida é dizer nunca,
Nunca de existir existindo...
Ninguém nos espera, tudo vai partindo,
Numa barca levada por qualquer vagabundo...


Álvaro Machado - 20:04 - 18-10-2013
 

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