Multidões


Quando passo por entre a multidão
Não sou eu...
É um eu cheio de solidão
Que passou e se perdeu...

Que, quando se vê cercado,
Entristece, porque não queria que fosse assim...
E, quando pensou, já a noite havia chegado,
Suspirou: «Isto não é para mim...»

Ficara um silêncio no universo imenso
Quando estas palavras se propagaram.
Mas não, ninguém sabe o que eu verdadeiramente penso
Porque nunca me encontraram.

Na multidão, por entre todos os rostos,
Volto-me; e sou invisível.
Não sei como os caminhos estão dispostos,
Não sei se o fim é acessível...

O que eu sei é que a cada passado dado
Sou outro eu e o universo é sonhado.

Álvaro Machado - 17:10 - 05-11-2013

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