Alvorecer



Urge pela salvação, não fosse agonia o sentimento.
No alvorecer ainda durmo e não sei como sinto tudo…
Cada som que oiço de água a cair mudo
É o silêncio do meu sofrimento.

Não distingo se te posso chamar concebível,
Real, impossível!
Uma lestia – sinto – me leva o coração,
Arrasta-o, e as folhas também o são.

O sol se põe, olha como doira a manhã…
Como há tanta novidade, tanto crer em viver!
A chuva, sol, tua é irmã.

Não fosse eu assim no sentir,
Sombrio, distante, consciente,
Que o universo de novo viria surgir
Comigo novamente…

Álvaro Machado – 17:52 – 13-01-2014

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