Nunca duram.


Está frio e quebradas elas estão,
Tornadas em ermo, feitas em escuridão,
Mais nenhuma fonte correrá
Nem nenhuma flor florescerá…

As aves voaram, perdeu-se o seu rasto
Pelo horizonte também perdido;
Só eu sei para onde queria que tivesses ido,
Ó império vasto!

Mas vazias ficaram as estradas
E os homens que se sacrificaram
Tinham suas armaduras quebradas,
Morreram em nome do império que amaram.

Debaixo da ponte já não vejo água a escorrer
Nem defronte se perscruta os gládios…
Só consigo, então, imaginar os homens a sofrer
E seus corações a ficarem vazios…

Não resta ninguém.
Nunca eles duram.

Álvaro Machado – 20:50 – 11-01-2014

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