Cadáver.


Via que o céu crescia,
Via vida a surgir,
A estender-se pelo vasto universo,
Tudo, tudo a crescer!
E a minha sempre no lado inverso,
Que, em vez de viver,
Sentia que a minha vida morria!

Via a névoa que se estendia,
Via as naus a se ocultarem
No mar distante que ninguém conhecia
E, para sempre, a se perderem!
Que destruição nascera,
Que vida alucinante morrera
Para tantos outros navegarem!

 Álvaro Machado – 15h40 – 29-12-2013

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