Cativo que já não é mansão


Doce cativo rodeado na orquídea à beira mar
Me brilha a vontade; me lança de novo
À vontade de ter futuro... à vontade de imaginar
Um presente sem ser novo

Fortaleza do palácio invadido,
Esbelta a grandiosidade das plantas;
Mas todo o seu cheiro e esplendor fica esquecido,
Ao relento de outras tantas.

Solta-se poeira no ar. Solta-se um breve suspiro
E todo o calor absorve,
O que já não respiro.

Os passeios esboçados mexem,
A praça deserta...
Há hora que enchem,
Meu coração desperta...

E no meio de todo o clima: nascem orquídeas na velha fortaleza,
Esquecida pelos que não sentem
Toda sua beleza

E só no ultimo suspiro se lembram
A meio caminho em direcção
Aquilo que já não é mansão...

Álvaro Machado - 19:44 - 22-05-2012

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