Sorriso entra a praça
Entrava para a sala de jantar
Sem que desse conta
E via longe à porta
Um sorriso se rasgar
Mas a imagem enfraquecia quando terminava
O saboroso jantar num autêntico sabor que combinava
Com a longa face esbranquiçada
E a sua voz arqueada
Cessava a névoa dentro do restaurante
Não dei conta. Até que veio algo em minha direcção
Assim como um raio que me atingiu a visão
Chegando em andar triunfante
Não sei se loira ou morena, talvez nenhuma;
Acabara-se o jantar e cessara o violino
Em toda a praça. Ainda digno
Sentia o cheiro do tabaco que fuma
Defronte os comerciantes não vendiam
As grandes peripécias... e sentiam
A clientela fugir para fora
Daquela bela cidade d'outrora
Ainda assim a velha Maria estendia
As cores do seu país do seu coração
Hasteando a bandeira enquanto vendia
A fruta à nação!
E eu assim não sou,
O vento passou.
Vou com ele para lugar incerto
Em busca de destino decerto...
Álvaro Machado - 21:19 - 17-05-2012
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