Coisas do vácuo


Como era bom, ó coisas, não ser assim
E ficar com a ideia errada do que sou.
Como era bom, ó vácuo, eu dizer-te sim
Esse mesmo que inda agora não pensou.

Coisas de nada, vácuos deste pensar...
Sou doido para continuamente prolongar
A grandeza do céu, por ser gigante,
E da alma por ser repugnante...

Tudo só porque tenho tudo.
Nada só porque não tenho nada.
Isso seria o conto de fada
Para ser como o mundo.

Não sei, não sei... Nunca soube, acho!
Escrevo porque não sei.
Porém, ao luar do que eu pensei,
Encontro ardente facho!

Facho fusco, facho odioso,
Facho saudoso...
É noite e estou a acabar
Este trecho escrito ao luar.

Álvaro Machado - 19:35 - 10-10-2012

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