Sono..




Sono adormecido que corre submisso
Pelas águas impossíveis. Corpo estendido
Sem nunca saber por onde vai e com que vai...

Uns vão leves e calmos como correntes paradas
Sem nunca saírem do que é físico...
Esses vão saboreando a voga...

E a sesta imperceptível, indesejada e não sei que mais
Lá continua como se as brisas parassem e o nevoeiro
Torna-se as correntes mais inertes...

Sono convalescente recuperado do pesadelo,
Que se enfatiza pelas linhas do que já não vemos,
Continua sob a cama disforme
E todas as noites é sono sonhado

Outros vão pesados como a consciência do arrependimento
Desconhecendo os métodos, as fórmulas, as certezas...
Esses vão perturbando a mente com tal tormento
E sono só há de incertezas...

Assim, dormindo ou sonhando, somos iguais.
O resto é esquecido quando a luz se apaga
Às noites transformadas em mais realidade do que o real
Estando nós iguais em lugares diferentes dormindo inúteis...

Álvaro Machado - 18:17 - 21-10-2012

Comentários

Mensagens populares deste blogue

todos no poema

Criação infindável

estrada do mundo