Minuciosa solidão
Enverguei pelo caminho da razão
Sem nela existir formosura nenhuma
E nunca terá retorno lógica alguma
Para esta minuciosa solidão
É-nos longe as formas e perto a miragem
É-nos impossível não ter ideias ou motivos
Para retractar à noite, em sonhos altivos,
Numa notícia de longa tiragem...
Amamos coisas que são inexplicáveis!
Rejeitamos ter vidas fáceis!
Queremos o céu ainda que impossível seja
E desejamos sentir-nos uma harpa que harpeja,
Melodias tenebrosas que nos dificulta respirar,
Que compõe completas obras-primas que alteram
Rumos à nossa vida, por com a razão aspirar
À outra terra que sempre quiseram...
Andar a mando de outros? Vagamente ir na corrente?
Nem que sobre a nossa vida só reste histeria corporal!
Ir pela maré vã só por também essa gente
Não se abrigar do temporal?
A estrada continua e o percurso inatingível
Por esses que iguais vão pela avenida...
Só eu nessa solidão sentida
Sei que é possível...
Álvaro Machado – 16:21 – 22-10-2012
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