Nevoeiro passado
Olhar como marinheiro as águas e o seu sal
E ir atrás do Destino dos navegadores
Que nosso sangue fez sangue de conquistadores.
Esta veia nasce sobre mar de Portugal
E continua, e vai espalhando-se ao Atlântico
As naus nossas do nosso cântico.
Eu sou português da minha própria história,
Sei dos reinados, vivo a revolução, imagino o poder
Que não finda a nossa chama de vitória
Nem mais vitorioso posso eu querer…
Há vitória ainda dos tempos de D.Sebastião –
Esse que ainda é esperança dos aterrorizados
Esse que desceu sobre a batalha já de si vencida –
Causador das telas com um fundo baço sem exactidão
E onde jaz a hipotética esperança e vinda
De el-rei e de seus antepassados…
E achais vós, portugueses, que está perto de vir
Essa estátua elevada aos céus cinzentos
Sob um nevoeiro indefinido, superior ao tempo
Dos nossos descobrimentos?
Álvaro Machado – 16:39 – 01-10-2012
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