Fogem, as aves…
Fogem, para bem longe, as aves...
Escurece o céu e o frio afugenta-as
Para bem longe de mim...
Eu voo também, sem nunca saber por onde,
E talvez vá sozinho, fugindo de mim
Para bem longe...
Deixem-nas ir para longe daqui...
Escutem-lhe o bater de asas lépidas...
No céu marca-se de rasto a fuga...
Ah, meu deus, meu ar de graça,
Por onde vão, afinal, todas elas?
(Para longe do teu olhar vão...)
Ah, meu pecado avernal, meu sol,
Por onde me vou durante a tarde endurecida?
(Para bem longe do teu coração...)
Álvaro Machado – 15:47 – 05-01-2013
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