Acontecerá



 
algum dia o vento há-de partir,
a chuva há-de cessar,
os carros hão-de parar
e o dia acabará por ir...

todo ele tornado, todo ele furacão
da sentida a mais que sonhada;
mais ventania, mais escuridão
atravessando a ponte quebrada...

algum dia hei-de não existir,
restando da vida a sua memória
ou da memória a vida de glória.

e tudo será um furacão profundo.
restará nada do que há no mundo,
e restará o dia de ver-me partir.

Álvaro Machado – 14:38 – 16-12-2012

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