O vagabundo natural
Eu sento a vida, porque ela me pesa ironicamente,
Num banco longe dos olhares, dos contactos
Com o mundo, e penso na vida tão profundamente
Que quando parto sei ser eternamente
As horas voam e os amigos passam, nunca vêm;
E eu já não sou eu, já sou passado do presente...
Perdi a fome de lutar e a sede do abismo, sou quem não sente,
Sou a vida de longe, a vida do eternamente!
Agora que sou vagabundo e encosto a sabedoria,
Fecho os olhos e guardo o sentimento, a ironia,
De ser vagabundo da vida.
E a luz do candeeiro ilumina a ilusão
De estar no jardim, de estar sem noção
Do que é realmente a vida.
Álvaro Machado - 15:12 - 29-12-2012
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