Estendida sobre o Chiado
De cabelos lisos e de olhos magoados,
Vejo-a estendida sobre as ruas do Chiado.
Nem sei de quem se trata, mas estou encantado
Por seus gestos nobres e doirados
Escorrega-se-lhe café no vestido branco,
E o empregado ocorre-lhe, manco,
Como se tratado fosse de um cavaleiro
Ele acudiu-lhe o dia inteiro
Tal finura de gesto excede o inteligível,
Nada faz sentido ainda que literalmente
Sentido seja sentido que mente!...
Tal fronte torna-se arduamente inacessível,
E ninguém lhe consegue adivinhar
Razão de ser para o seu olhar!...
Álvaro Machado – 22:46 – 18-12-2012
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