A caixa da memória
Guarda só em ti mesma a caixa da memória.
E quando vires o trágico segundo depois
Abre-a num ápice. Serás a razão de vitória
E sozinha serás nós os dois.
Recordarás os breves instantes da mente. (sente)
Percorrerás as histórias, verídicas ou não,
Deste meu Portugal, desta minha nação,
Que todos os dias mente.
Leva as novas só por ti e ninguém mais!
Deixa-los ir na multidão. És superior!
Vai rápido que o tempo esgota meus ais;
Apressa-te para meu interior…
Sozinha, à luz das velas, chorarás sem fim.
Reis de fronteira, castelos de pontes,
Povos insontes…
Sozinha, nessa vasta multidão,
Erguer-te-ás a meu coração
Mas não a mim.
E leva essa caixa da memória fora daqui.
Leva-a porque me deixa saudoso…
Leva-a para um lado esplendoroso
Que não seja aqui.
E com ela também levarás a minha alma.
Que é cristalina e pura como nunca verás.
Mas não me leves a mim, por não ter calma,
A calma que tu sempre terás.
Álvaro Machado – 20:45 – 28-09-2012
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