Chuva a toda à hora


Chove, chove e chove lá de fora
Um barulho que daqui é imperceptível
Tudo se molha a esta frágil hora
Onde sonho inconcebível

E penso nesta amálgama paradoxal
Interior ao meu consciente e sobreposto
Ao comum do meu rosto…

Temo esta nuvem de lá de fora…
Cheias de vida vão, as gotas, antes de despenhar
Contra o frio chão em que me vejo sonhar
Horas e horas e horas de outrora…

Sobreposto ao comum, nascido paradoxal,
Inflado desta matéria humana doente
Não mais tenho que esperar de quem não sente.

Álvaro Machado – 18:00 – 25-09-2012

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