Desencontros


Não sei o que sou.
Será que serei,
O que imaginei
E já não imaginou?

Abandonado a morrer...
Quis eu ser alguém?
Somente estou a escorrer
Alma de ninguém.

Canto - forma abstracta!
Pensar ser tudo isto
Achar não-ser de Cristo
E da sua forma exacta,

Escutar o que não pertence
(E esse tal já pertenceu?)
Ó nostálgico e dócil céu
Minha dor te pertence!

Sei, porventura,
Já não ser o que serás
Alma e fel de pouca dura
Tu em mim tudo serás...

Álvaro Machado - 20:30 - 16-09-201

Comentários

Mensagens populares deste blogue

todos no poema

Criação infindável

estrada do mundo