Corpo lasso
Estou lasso do próprio corpo. Desapareço.
Jardim de infância, ali defronte, brilha de intensidade,
E as crianças brincam cheias de alegria e felicidade.
No meu interior, escureço.
Pobre do que é resto aos outros olhos, que nada valem...
Inda assim, dentro deste sonho, entro dentro daquela inocência,
Pois, viver entregue a outrem é realmente ter consciência
De somente viver e ser arrastado para além.
Náuseas atravessam-me agora... Caio no jaspe frio...
Falhado do que sou, não sei se choro ou se rio...
Contemplo apenas. E levo deste mundo memórias
Desta tarde sonhada de infâncias
Meu corpo triste abandona minha alma vazia.
Sociedade indaga apenas a sua inércia.
Saberão esses trajes, unicamente,
Ser-se sonho, inocentemente?
Álvaro Machado -21:13 - 18-09-2012
Love it...beautiful
ResponderEliminarOne of my favourites.....