Pequena Cherbourg
Encaro a brisa do Mar como uma memória de águas passadas. Faço-me marinheiro, em tempos, e deambulando pelo Mar Às vezes perco o sentido do que é navegar. E espera-me Cherbourg. Esperam-me amigos e marinheiros, Espera-me famílias de outras famílias que não a que tive, Esperam-me as rotinas monótonas e inertes. Hasteio a bandeira que me levou e atraco no cais o que trouxe... São tudo memórias: as que me prometeram e não vieram, As que me foram dadas de impossíveis e chegaram! Ó Deuses do Mar, Deuses da Terra, Deuses do longínquo infinito! Ó brisas insontes, Ó convés perdido, Ó navegação, Bebam do cálice a chuva desta tempestade! Não é possível! Não é possível! É impossível ter nascido, E ter vivido na aldeia humilde, para mais tarde eu morrer Sozinho, nesta ilha e neste inferno de haver ilha! Sejam caladas estas brisas infernais da maresia! Dão insónias, estonteiam sem mais poder querer! (Tenho saudades de Cherbourg...) Napoleão t