Silêncio das palavras




O silêncio que sai deste início de tarde
Parte à busca de outro silêncio, de outra tarde,
E, dentro do quarto estóico, o espírito renasce
À busca do estoicismo.

O silêncio que daqui sai, impassível,
Leva a outra dimensão, a outro espaço,
A outra história passível de um diálogo
Mal dialogado...

A chuva entretanto desaparece, sem deixar rasto.
As coisas são uma impossibilidade de outras coisas,
E a transversalidade é o desespero nefasto
Com o mundo às voltas.

Poderei escutar o silêncio e seguir o percurso
Mais funesto, mais oprimido e mais doloroso...
Mas escutando o silêncio percebo que ele
Será talhado de corpo e alma...

E se o seguir, ainda que noutra dimensão,
A fronte se orgulhe e dê vida às palavras
Com que escrevo ávido de imaginação
O silêncio das minhas palavras...

Álvaro Machado – 15:09 – 01-11-2012

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