O nada de coisa nenhuma
O que tenho escrito não é nada.
Nem tu, nem ninguém é nada.
É como que um universo dissimulado,
Sem nada para esconder.
Apenas tenho reparado em tanta coisa,
E escrito vagamente sobre coisa nenhuma...
Mas porque é feita dor o meu reparo
Se o que eu quero é desaparecer?
As manhãs de sol suposto, os fins de tarde assombrosos,
Os nevoeiros do meu pensar, não são nada.
Nem o universo consegue ser mais do que nada.
E é assim que eu ando e penso como pessoa,
Que sendo um nada ou coisa nenhuma,
Não é mais do que uma pessoa...
Álvaro Machado - 14:51
- 16-11-2012
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