Fugir de tudo
Um bater de asas e fugir para o céu azul...
Estando alguém com uma áurea esperando
Para que as asas batam e fujam, nunca errando,
E de longe o norte e sul...
É ir ao fundo do mar e afundar
As mágoas inertes que não movem,
Apenas sentem e sempre comovem
O que no fundo é amar...
Mas é fugir a lei dos que não fogem.
Suspensos sobre as terras enfáticas,
Perdidos sobre os desertos que escondem
As brisas doridas e cismáticas...
E abro o cofre da minha vida para alguém,
E estou suspenso num obscuro universo,
E perco-me nas estrelas moribundas!
Fugindo bato asas, fugindo desço ao fundo,
Fugindo encontrarei a felicidade do meu mundo
E de mais ninguém!
E o cofre é complexo e repleto de almas erradas,
E o cofre é maior do que os homens e do que o verso!...
(É meu, só meu, e de mais ninguém!...)
Álvaro Machado - 17:33 -
25-11-2012
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