Dias que não são…
Todos os dias acho um inicio sem fim,
Um tédio sem alvoroço,
Um cansaço na inércia...
Todos os dias são meus,
E é neles, infinitos céus,
Que choro de dor passada...
Os candeeiros luzem o que de mim é alheio,
As noites caem, sem capataz que as anuncie,
Sobre o que há-de ser um dia amargo...
O coração está morto. Vida em si não se sente.
E com ele vai o adeus, o dia e o eternamente
Do artifício temporal que finda p'ra sempre...
E todos os dias são fel onírico,
Cores mortas sem sol que as ilumine,
Barco ao de leve sem mar que o apague...
Álvaro Machado – 19:37 – 14-11-2012
Comentários
Enviar um comentário