Medo de ser homem




O que o homem mais teme não é a miséria,
Não é a voga, e não é o terror das guerras.
O que o homem não teme é a natureza,
Os arcos de volta perfeita e os impérios.

O que homem teme é a sua raça,
Por ser única e cheia de contrastes;
O que o homem teme é a dor
De ser chamado homem.

E depois da abundante figura trágica,
Há o medo maior: o dia fúnebre,
Em que o coração pára, a paisagem finda
E o nome é esquecido ao relento do vento...

Os anos passam como que seja vertiginoso
Olhar de um pico longínquo a monótona vida...
Os dias cada vez mais efémeros, as horas mais vagas...
(E o momento em que escrito fica este trecho?)

Álvaro Machado – 21:10 – 12-11-2012

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