Lua solitária




Deixemos ao longe a lua brilhar intensamente
Como se nesse brilho houvesse esperança,
E ela, variando a sua cor, obscuramente,
Razão de ser que nunca cansa

Vêm ao horizonte cinzas que entoam
A cantiga mais triste de cantada ser,
E homens, mulheres e abismos haver
De razões que voam...

E deixemo-la solitária mudando de cor,
De um pó estrelar e de uma cor esbranquiçada,
Uma lua estranha e distanciada!...

Baixa e amarelada enfermidade mortal,
Alta e branca, deixando-a vendaval
Traspassando dor.

Álvaro Machado – 00:21 – 29-11-2012

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