Profundidade




É tão belo escutar o fim do rio
E ser além o cessar da vida...
Como que feito observador
Contemplasse aquele fim...

Contemplar o dentro estando de fora,
E sendo esse longínquo que vê
Contemplado o perto de sentir
Que pode estar sentindo...

Mas não, não chegando a esse patamar,
Que é suspiro insensato do que respiro,
Sou todo feito contemplador em estado contemplativo
Que não sabe o que olhar...

Mas se o soubesse o que me dirias, ó voz de artista?
O que farias se um dia fosse considerado génio?
Coisa nunca achada de verdade, feita ilusão
À árdua mentira no que há mim...

E é tão belo escutar o rio e o seu fim
Como que seja mais que um cessar
- o que espero, o que quero esperar -
Estar sentado de corpo caído
E tudo isto de belo imaginar!...

Álvaro Machado - 04:23- 10-11-2012

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